domingo, 25 de janeiro de 2009

O JOGO DE CASAL NO BBB



Sei lá, tenho pra mim que esse negócio de formar casal no jogo BBB, se por um lado alavanca a popularidade dos envolvidos  selando uma aliança, uma cumplicidade, por outro lado representa uma estratégia de riscos incalculáveis. Aquilo que foi dado aqui pode ser tirado ali, e muitas vezes com juros altíssimos, além da correção monetária.

Historicamente o que vimos foi Serginho ser prejudicado no BBB1 por causa de Vanessa. Sérgio foi um jogador muito mais hábil, interessante, carismático do que era sua parceira, mas tinha um handicap negativo- não ser brasileiro. E que melhor maneira de ser aceito pelo público bairrista do que associar-se a uma menina negra?

No frigir dos ovos, o resultado foi desastroso pra ele. Serginho nadou, nadou pra morrer na praia, afogado, digamos assim, pela armadilha em que o colocou André Gabeh em que ficou numa situação de "se ficar o bicho pega, se correr o bicho come". Ou ele se sacrificava indo ao paredão no lugar dela, ou ficaria maldito pelo jogo sujo se entregasse a cabeça da moça aos leões.

Vimos a escrita se repetir com Thyrso e Manu, Dhomini e Sabrina, Juliana e Dourado, Jean e Pink, Siri e Alemão (este na verdade, um casal póstumo), Flávia e Fernando, Fernando e Natalia, embora não exatamente pelas mesmas linhas. O casal não só vira alvo dos demais jogadores como compete entre si. O público, sedento pelo romance, se sente frustrado se suas expectativas não se confirmam e detona pra valer aquele a quem atribui a sua frustração. Ou o que se sentiu rejeitado retalia pela rejeição. Ou se apaga no jogo por causa do outro.

O que observo com Francine e Max é mais do mesmo. Se há um desencontro, ou mesmo se os beijos não acontecem, um certo tipo de público sai à cata do responsável por ver sua expectativa frustrada. E tome a detonar o outro. O jogador deixa de ser visto individualmente, como alguém brigando pela sobrevivência num jogo disputadíssimo onde cada minuto de distração pode ser fatal. E passa a ser visto como um personagem de conto de fadas da vida real onde ambos que têm que seguir o script custe o que custar.

Nessa circunstância, o que era bônus vira ônus, onde tudo eram flores surgem os espinhos. E o turning point pode não existir, ao menos para um deles.

Não digo que formar casal seja um jogo fadado ao desastre, mas este é um caso raro. Houve um, onde ambos os envolvidos foram mais longe do que iriam como indivíduos: Alan e Grazi. Se não fôsse por Grazi, Alan seria persona non grata para o público e teria sido trucidado como foram seus companheiros da Tropa de Choque. Se não fôsse por Alan, Grazi teria enfrentado alguns paredões perigosíssimos dos quais escapou, inclusive contra Jean e Pink.

Sei lá se Max e Francine confirmam ou contrariam a regra. E sei lá quem é melhor jogador, se Max ou Francine. O desfecho deste script só o tempo dirá. 
Do outro casal nem falo, primeiro porque se comprometeram antes mesmo de entrar na casa. E segundo, porque são ambos desastrosos como indivíduos.


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