quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

BBB 9 – REFLEXÕES NO 17º DIA

Esperava-se que, com a divisão da casa em lado A e lado B, surgissem conflitos e dificuldades entre elementos de um grupo com os do outro, mas não foi isso que ocorreu. Norberto foi emparedado com votos de jogadores do A e do B. Os desentendimentos ocorreram dentro dos próprios grupos, com Carol e Tontão e Max e Francine.

No caso de Carol e Tontão, choque entre temperamentos parecidos, voluntariosos e individualistas que são. Cada um queria se impor e ao seu desejo, sua verdade ao outro.

No caso de Francílios e Max, muito da discórdia é produto da imaginação prodigiosa, paranóica dela. Produto da forma literal como ela entende as coisas, do radicalismo e falta de visão, da hipersensibilidade dela a tudo que ele lhe dizia, insensibilidade dela quando a ele se dirigia. Muito foi devido ao ranço de certas imagens estereotipadas consolidadas na mente de jogadores de BBB – Francílios e Max, no caso, também espectadores de BBB – a respeito do que acontece lá dentro.


Eles não conseguem enxergar as circunstâncias deles, o momento deles, desvinculado de jogadores de edições passadas. No BBB, imagem é tudo, mais importante do que ser é parecer. Então, Francílios e Max não conseguem ter um diálogo adulto levando em conta o que cada um sente e pensa como algo deles, que ocorre ali e agora, como fazem Josiane e Tontão. Há sempre a sombra das edições passadas e do que o público vai entender daquilo, contaminando o que um pensa do outro, mas não sem razão.

Muitos aqui fora também fazem essa confusão, supondo neles intenções baseadas no que viram na 5ª, 6ª, 7ª e 8ª edição. Enquanto Francílios se lembrava de Marcão como corno, Max via-se comparado a Fernando BBB 8 como corno também. Os dois vivem paralelamente à realidade deles, uma realidade fantasmática, produto de imagens e estereótipos das edições passadas e a ela reagem.

Outra coisa a gerar conflitos desnecessários é o conceito de jogo ou jogador. Alguns deles pensam, julgam outros, colocando neles a pecha de jogadores. Mas por acaso não são todos?

Naiá, que volta de um paredão aparentemente fortalecida, acusa alguns de jogarem, como se ela não o fizesse, como se o comportamento dela ocupando todos os espaços que consegue, plantando a intriga aqui e acolá, colocando rótulos nos demais não fosse jogo.
O que fez Naiá dizendo a Léo e Francílios que Carol era uma pedra no sapato dela, que ficava dada a dica, era o quê? Foi um ato impulsivo, impensado, não intencional? Quando berrou através do muro que Léo a chamara de velha no 8p era apenas brincadeirinha?

Ralf, quando semeia desconfiança entre aqueles a quem tem acesso ou critica Max rotulando-o de jogador, o que faz?
E Francílios com suas graças e rompantes não está procurando imprimir um tipo de imagem na mente dos espectadores para seduzir parte da audiência? Quando ela não queria permitir a dissolução do lado B fazia o que, preservava a amizade coletiva de influências externas?
E quando Francílios acusou, assim como Tontão, Carol de ter ocultado o coelho dela com penas e Mirla caiu de boca e pau? Por acaso eles e os demais não o fizeram também, coelhos dentro ou fora da piscina? Que diferença isso fazia? E o que dizer de quem julgou, tirou proveito do flagrante e crucificou Carolina...não foi também um lance do jogo? Ou o que fizeram foi um comportamento mais ético e moral do que o dela escondendo o coelho?

Portanto, jogar, todos jogam, cada um com suas habilidades, seus recursos, criatividade, capacidade de planejamento e estratégica, auto-controle, com seu código de ética.
O caso de Norberto, que fez do argumento “jogo” um escudo para proteger-se da própria fragilidade é um caso à parte. Pobre Norberto. Nunca vi ninguém tão vulnerável, tão sem recursos de jogo ali dentro da casa do BBB quanto ele.

No frigir dos ovos, entra ano sai ano, entra edição sai edição mas o povo não aprende. Haja! Não que eu não goste de barracos, mas um joguinho adulto e consciente de vez em quando também é bom. E esse argumento “fulano é jogador” me dá um cansaço...


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